Frases De Ordem
Fotos|Nossa Música|Lutamos por|Como Participar|Vídeos|Jornal CJOB|Informativo
“Juventude que ousa lutar,
constrói o poder popular!”
Protesto dos alunos...
Protesto da turma “Turismo 21” na Escola Estadual Carlos Drummond de
Andrade
Protesto da turma “Turismo 21” na
Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade
O histórico:
No
dia 08 de maio de 2013, no turno da manha, os alunos do ensino médio da turma
de “Turismo 21”, chegaram conjuntamente a conclusão de que deveriam reivindicar por alguns direitos e
contra as imposições apresentadas pelo Projeto da Escola.
No
inicio do curso em 2012, os alunos da referida escola ficaram animados pela
proposta do Governo sobre a realização de Cursos de Capacitação Profissional no
próprio ensino médio, que previa recursos financeiros para o financiamento de
atividades de campo, sendo esse um grande avanço para as práticas educativas
usando se ao mesmo tempo de prática e teoria, em vista do pacato modelo
tradicional de educação Pública.
Esse
projeto chegou a ser instrumento de muitas propagandas na busca do
fortalecimento do Governo atual. Até o ano de 2012 o projeto ocorreu muito bem,
sendo motivo de muitos elogios, inclusive por parte dos alunos e seus
familiares. Mas a partir do ano de 2013, se iniciaram algumas arbitrariedades,
sendo que uma delas, a principal no caso, onde um membro da escola (que pediu
para não ser identificado) comunicou que para as atividades de campo, os alunos
teriam que arcar com as despesas, alegando que o Governo não havia enviado a
verba para o cumprimento das atividades. Isso colocou os alunos diante de
alguns dilemas, o primeiro diz respeito a contradição e ilegalidade de exigir
financiamento por parte dos alunos tratando se de uma escola pública, e outro
por relacionar essa mesma atividade com métodos avaliativos com distribuição de
pontuação para o bimestre e por fim, esse tipo de coação torna-se um método de exclusão, já que para alguns alunos e por seu
contexto familiar social, torna - se difícil dispor de tal recurso.
Nesse
mesmo período, a Vice – diretora antecipou que diante do atraso de repasse de
verbas pelo Governo, provavelmente os alunos teriam de arcar com despesas, ao
menos parcialmente. Diante desses dilemas, a turma de alunos solicitou a
presença da Diretora, a fim de dialogarem e esclarecerem sobre os assuntos, mas
infelizmente não houve a presença da diretora ou qualquer pronunciamento sobre
o assunto. Esse cenário impulsionou os alunos a realizarem uma nova tentativa,
que no caso foi a simplista confecção de um Abaixo - assinado, representando
por escrito o desejo deles em dialogarem e resolverem o problema.
O
pouco caso diante dessa nova iniciativa motivou os alunos a legalmente
protestarem sob o pouco caso ofertado a eles, tendo ainda o zelo no protesto,
em não proporcionarem nenhum dano ao patrimônio material, num gesto maduro e
pacífico. O protesto se deu da seguinte forma; todos os alunos viraram as
carteiras em posição contrária ao quadro, se recusando a assistir as aulas do projeto
de turismo, mas assistindo normalmente as aulas das outras matérias, os alunos
tiveram ainda o cuidado de esclarecer para os professores que não havia
pessoalidade na reivindicação, e que além de coletiva ela era direcionada as
arbitrariedades relatadas. Algumas fotos foram tiradas para registro da
atividade.
Nesse
período, a vice - diretora juntamente com a professora de turismo compareceram
à sala de aula a fim de dar esclarecimentos sobre os dilemas, disseram dessa
vez que os alunos não teriam que arcar com despesa alguma em relação ao curso.
Os alunos ficaram muito animados, reconhecendo naquele momento até mesmo a
importância dos professores realizarem greve na busca por seus direitos, e assim
o assunto já tinha se dado como encerrado por parte dos alunos manifestantes.
Contudo
no dia 10 de maio a Diretora Antônia, juntamente com a professora de
turismo e a coordenadora do projeto “reinventando
o ensino médio” que gerencia o projeto de turismo, compareceram a sala de aula
e desde o início trataram a turma de forma grosseira, exaltada e hostil, a
Diretora contrariando o exemplar cargo que ocupa, afirmou em relação a
manifestação dos alunos, que a sala, nesse caso, se assemelhava a um “puteiro”
e que estavam agindo como animais, a Diretora gritava insultos, não dando chance
de argumentação por parte dos alunos e a todo momento reafirmando que os alunos
não tem o direito em exigir nada, coagiu os alunos dizendo que usaria o abaixo
assinado que eles fizeram contra eles mesmos e que a turma não teria direito de
dar opinião nos processos decididos pela diretoria. Por fim, a Diretora exigiu,
como numa “inquisição” que até a semana seguinte eles teriam de apontar “o
mandante” do protesto, e caso isso não acontecesse, ela providenciaria a
suspensão de toda a turma por uma semana e por fim foi exigida também a
retirada das fotos do protesto das mídias sociais. No dia anterior, a vice -
diretora também argumentou de forma coativa, que se “isso não fosse resolvido”
ela ia providenciar para “zerar” a pontuação do bimestre de toda a turma.
Considerações:
Vimos
através desse documento, dar visibilidade pública a esses acontecimentos,
denunciar o direcionamento autoritário e ilegal da Diretoria, Vice - diretora e
suas cúmplices.
Alegamos
que o processo de construção coletiva, de participação e conscientização que
deveriam ser aplicadas pela instituição de ensino, estão sendo perseguidas aqui
pelos seus principais representantes. E que a palavra Cidadania, tão balbuciada
pelos métodos de ensino, se esvaziam de sentido perante os dilemas relatados,
já que cidadania é exercer os direitos cidadãos, ter acesso aos serviços
públicos, zelar pelas leis e pela boa convivência.
Trazemos
presente nesse documento que os direitos Constitucionais, tão pouco abordados
pela escola, garantem a todos os cidadãos o livre direito à manifestação, de
expressão, inclusive política já que se refere a um conjunto de pessoas em
torno de uma ação (protesto) e uma teoria (argumentações/ motivos).
Reiteramos
ainda que na referida turma de alunos, vários ainda não completaram 18 anos de
idade, sendo regidos nesse caso, principalmente pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente e sendo assim, o comportamento dos representantes dessa instituição
submeteram a turma ao constrangimento, violando dessa forma vários dos seus
direitos.
Esclarecimentos:
_ Vários esforços
foram realizados e só por isso tomaram as proporções em que se encontram.
_ Nenhuma ilegalidade
ou ato irracional foi fundamentado por parte dos alunos.
_ Para
esclarecimentos aos alunos e as representantes da instituição de ensino: Nós
alunos da turma de Turismo, afirmamos que as ameaças ofertas a nós, que por si
só tomam caráter criminoso, são infundadas, sendo que a Diretora só poderia
suspender toda a turma, a partir de um mal uso de seus poderes, podendo ter que
responder administrativamente e judicialmente por isso; a pontuação do bimestre
dos alunos não podem ser alteradas como disse a Vice - diretora, pois dessa
forma, esse ato torna-se fraude pela executora. Sobre as exigências para
retirarem as fotos das mídias sociais, somente a empresa administradora da rede
social ou a justiça podem determinar a retirada, por isso somos livres para
realizar publicações desde que não violem a integridade de outras pessoas. E
nenhum aluno vai “ser entregue”, pois não há mandante entre nós, porque somos
todos líderes, fruto de uma situação coletiva e respondida de forma Coletiva, e
qualquer aluno que for punido de forma indevida, será denunciado de forma
coletiva aos órgão competentes.
_ Contamos ainda, com
o apoio de organizações que se sensibilizam aqui com a situação dos alunos,
como o Coletivo da Juventude Olga Benário, a equipe de imprensa do Jornal CJOB
e o Movimento do Levante Popular da Juventude.
Proposta:
Exigimos uma retratação oficial pelas
opressoras citadas nesse documento e o reconhecimento da legítima manifestação
dos alunos, a ser pronunciada e anexada em pontos de circulação dos alunos da
Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade. Ou novas ações serão realizadas
pelos alunos junto aos seus pais e apoiadores até que o assunto seja resolvido.
Para tanto, e
acreditando num razoável acordo entre as partes, entregamos cópias desse documento
para os apoiadores, pais dos alunos, para a Secretaria de Educação, Conselho
Tutelar e uma cópia para a apreciação da direção dessa Escola contando com uma
resposta formal no prazo de 48 horas após a entrega desse documento:
Atenciosamente: Alunos da turma de “turismo
21”, seus familiares e seus apoiadores.
Organograma do Coletivo da Juventude
Apresentamos a sistematização da organização do Coletivo da Juventude, construída no encontro do mês de Abril.
Curso do Levante e Coletivo da Juventude
I Curso de Formação do Levante BH
Aconteceu no mês de abril o
3º módulo do I Curso de Formação “Carlos Marighella” do
Levante BH! Já passaram pelo temas Feminismo, Como Funciona a Sociedade e dessa
vez o tema trabalhado foi “Negritude”.
O Curso aconteceu dessa vez,
no Colégio Municipal Belo Horizonte, que fica na Pedreira Prado Lopes, e para
tratar do assunto, contou com a contribuição das companheiras Jozeli e Vanessa
Beco, das Negras Ativas; do companheiro Aruanã, do Levante; e da companheira
Edna.

Outros Jovens do Coletivo da
Juventude também estiveram presentes: Anna Karla, Thaís Gonçalves e Cleiton Henriques.
Outros fatores também incrementaram
o curso, como a oficina de percussão junto com o pessoal da Pedreira e na noite
de sábado com a participação dos artistas e militantes da Associação Cultural
Odum Orixás, que trouxeram uma linda apresentação de música, dança e
cultura afro para a noite cultural!
O próximo módulo do Curso acontecerá
nos dia 25 e 26 de maio e trará a temática Diversidade Sexual, fiquem atentos e
participem!
Cleiton Henriques - Frente de Comunicação do Coletivo da Juventude
Assinar:
Postagens (Atom)